Mulher é sequestrada e morta por amante ao sair de aeroporto, em Goiás
O desaparecimento de uma dona de casa de 40 anos, que ocorreu em meados de fevereiro, foi solucionado pela Polícia Civil de Goiás: Lilian de Oliveira, que sumiu horas após desembarcar no aeroporto de Goiânia, foi morta a mando do amante. O corpo dela ainda não foi encontrado.
De acordo com informações do portal Mais Goiás, Lilian chegou da Colômbia e desembarcou no aeroporto de Goiânia no último dia 13 de fevereiro. Imagens de câmeras de segurança mostraram a vítima entrando em uma picape Strada e foram fundamentais para ajudar os agentes do Grupo Anti Sequestro (GAS) a identificar os autores do desaparecimento.
“Não foi uma tarefa fácil, pois tivemos que analisar inúmeras imagens que mostravam vários veículos idênticos circulando por Goiânia naquele mesmo dia, mas o detalhe de manchas de lama na lataria acabou nos levando até a placa de uma Strada que tinha como proprietário o Ronaldo Rodrigues”, relatou o delegado Thiago Martimiano, chefe do GAS, da Polícia Civil de Goiás.
Com os dados levantados pelos policiais, foram presos, na última semana, Juscelino Pinto da Fonseca, de 60 anos, que era amante de Lilian, e Ronaldo Rodrigues Ferreira, amigo de Juscelino. Os dois confessaram participação no homicídio.
A placa do carro fez com que os policiais descobrissem que, poucas horas após buscar Lilian no aeroporto, Ronaldo se encontrou com Juscelino em um posto de combustíveis que fica em Santa Cruz de Goiás, cidade distante 124 quilômetros de Goiânia.
Ao ser preso no último dia 28 de maio, em Buriticupu, no Maranhão, Ronaldo confessou o crime e relatou que pretendia fugir para Salvador, na Bahia.
“Quando nós prendemos o Juscelino, em Pires do Rio, ele confessou que mandou o Ronaldo matar a Lilian, segundo ele, por ter se revoltado com o fato de ela ter arrumado um namorado e estar gastando o dinheiro que ele repassava a ela mensalmente com viagens. O Juscelino também alegou que a Lilian sempre ameaçava contar para sua esposa sobre o relacionamento extra conjugal e sobre a filha que eles tinham, caso ele não lhe desse mais dinheiro”, relatou Thiago Martimiano.
Apesar de a Polícia Civil de Goiás já ter conseguido a confissão do mandante, os agentes ainda não localizaram o corpo da vítima, que teria sido morta com um tiro e depois jogada em um rio. A expectativa do delegado é que, quando for transferido para Goiânia, Ronaldo leve os policiais até o rio em que jogou o corpo.
Cleonice Fátima Ferreira, que é a babá que cuidava da filha de quatro anos da vítima, Juscelino também está sendo investigada: segundo Thiago Martimiano, a babá foi quem avisou para Lilian que quem iria buscá-la no aeroporto era Ronaldo, pessoa até então desconhecida da vítima
“Se a Cleonice sabia, ou não, que a Lilian estava sendo levada para uma emboscada é o que nós precisamos descobrir agora”, concluiu o delegado.
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