Opinião: Vocação para o atraso – futuro chegou e o lugar reservado para o Brasil é o fim da fila
O slogan Brasil país do futuro vem dos anos 1960; o futuro chegou pois já estamos na década de 20 do século XI, constatando que o lugar reservado ao Brasil é o fim da fila – o que concretiza o vaticínio os últimos serão realmente os últimos.
O Brasil foi o último país a acabar com a escravidão, retardatário e fracassado na industrialização, amante e seguidor do obscurantismo, fervoroso defensor de ditaduras; tudo isso responde à pergunta: como foi possível o Brasil chegar à onde chegou?
O mundo todo sucumbe à catástrofe da Covid-19; mas governantes de todos os povos estão no enfrentamento: militares, civis, a ciência e, inclusive, religiosos. Menos o Brasil.
E para não atrapalhar a luta da humanidade pela vida, o Brasil está sendo excluído, cancelado, ocupando o seu imerecido(?) lugar no fim da fila.
O atual regime sabotou ações da Organização Mundial de Saúde, acreditou na bravata recente do fascismo de domínio mundial, e por isso mesmo vai para o fim da fila nas relações diplomáticas e na primazia na obtenção da cura, uma vez que esse mesmo regime apostou e aposta na doença como variante para o extermínio do povo.
O que diz o noticiário atual?
O porta-voz do governo de Joe Biden, a secretária de imprensa Jen Psaki, indicou que tenente Messias fará o Brasil pagar um alto preço por suas bravatas. O Brasil não será uma prioridade para os Estados Unidos nesse início de mandato do democrata e vai para o fim da fila. Logo, a carta de adesão e bajulação enviada ao novo Imperador do mundo Ocidental, só terá valia com o cancelamento do regime.
O que relatava o noticiário em abril de 2020?
A OMS promoveu reunião de alto nível com alguns dos principais presidentes e lideranças mundiais para criar uma nova aliança internacional; a iniciativa visava acelerar a produção e distribuição de tratamentos para lidar com a pandemia e garantir a chegada de uma vacina no mercado em um tempo recorde, com um fundo de mais de R$ 45 bilhões.
E como o atual regime militar-civil se comportou?
O Brasil, que historicamente liderou campanhas de acesso a medicamentos, não enviou delegados e parte do governo sequer soube do mega-evento, a primeira ação internacional de enfrentamento do virus.
Mas também era o início da irrelevância que a diplomacia brasileira, engajada em agressões militares ao país vizinho, a Venezuela, que agora socorre Manaus com oxigênio e ofensas a China – a potência militar e econômica que mais compra do Brasil e que produz insumos e a única vacina ao alcance dos brasileiros.
O regime segue inabalável, tem sustentação política, social e militar. E com a ameaça crescente de cancelamento das liberdades democráticas, liberdade esta que a sociedade historicamente repudiou.