PF prende ex-executivo da Odebrecht em nova fase da Lava Jato que investiga propina a ex-ministros
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (21) a 63ª fase da Operação Lava Jato. Segundo a PF, são cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia.
(CORREÇÃO: na publicação desta reportagem, o G1 errou o nome de um dos alvos de mandado de prisão. Em vez de Newton de Souza, a ordem de prisão é para Nilton Serson. A informação foi corrigida às 7h14)
O G1 apurou que os alvos de prisão são o ex-executivo da Odebrecht Maurício Ferro e o advogado Nilton Serson.
Até as 7h, apenas Ferro, ex-diretor jurídico da Odebrecht, tinha sido preso. Segundo a PF, esta fase investiga a suspeita de pagamentos periódicos por parte da Odebrecht a dois ex-ministros identificados na planilha da empreiteira como “Italiano” e “Pós-Itália”.
Em depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que “Italiano” se referia ao ex-ministro Antônio Palocci e “Pós-Itália” era Guido Mantega.
O pagamento da propina tinha como objetivo, entre outras coisas, a aprovação de medidas provisórias que instituiriam o programa chamado de Refis da Crise.
De acordo com a PF, as investigações apontam que a propina teria sido entregue a um casal de publicitários para dissimular a origem do dinheiro.
Os mandados apuram crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, foi determinado o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados.
Esta reportagem está em atualização.
G1