Presidenciáveis criticam indulto de Bolsonaro a Daniel Silveira

O perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) foi motivo de manifestação por parte dos pré-candidatos à Presidência da República. Por meio das redes sociais, Ciro Gomes, Simone Tebet e João Doria criticaram a medida. O pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não não se manifestou sobre o perdão.

Daniel Silveira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal e instituições. A pena foi de oito anos e nove meses em regime fechado. O parlamentar coleciona polêmica como a quebra de uma placa em homenagem a Marielle Franco e uma “vistoria-surpresa” em um colégio federal.

Ciro Gomes, pré-candidato a presidente da República pelo PDT afirmou que o partido entrará na justiça contra a medida. “Acostumado a agir em território de sombra entre o moral e o imoral, o legal e o ilegal, Bolsonaro acaba de transformar o instituto da graça constitucional em uma desgraça institucional. Tenta, assim, acelerar o passo na marcha do golpe. Mas não terá sucesso. Seu ato espúrio de favorecimento absurdo e imoral a Daniel Silveira, ou qualquer outro tipo de desvio autoritário, serão rechaçados pelos defensores do estado de direito. Amanhã o PDT entrará com medida no STF para anular mais este desatino.”

Simone Tebet, senadora e pré-candidata à Presidência da República pelo MDB afirmou que “dar graça, por decreto, a um condenado pelo STF por atentado à democracia, é desvio de finalidade e um ato inconstitucional. O PR violou, ele próprio, a Constituição. Um golpe contra a democracia. Crime de responsabilidade.”

João Doria, ex-governador de São Paulo e pré-candidato a presidente pelo PSDB disse que acabaria com esse tipo de benefício, caso eleito. “Eleito presidente, não haverá indulto a condenados pela justiça. Também vou acabar com a ‘saidinha de presos’. A sociedade não aguenta mais a impunidade.”

Diário da Paraíba com MaisPB