Suécia identifica assassino de premiê e fecha caso de 34 anos

O Ministério Público da Suécia apontou, nesta quarta-feira (10), que Stig Engström foi quem assassinou, em 1986, o então primeiro-ministro do país, Olof Palme. Engström ficou conhecido como “o homem da Skandia”, em referência a seguradora em que trabalhava.

“Acredito que chegamos tão longe quanto podia se pedir nesta investigação”, explicou o promotor Krister Petersson, em entrevista coletiva.

Como Engström morreu em 2000, o representante do MP sueco explicou que não será possível apresentar qualquer acusação contra ele. Dessa forma, o caso será encerrado.

O chefe da investigação policial, Hans Melander, contou, na mesma entrevista coletiva, que Engström se tornou suspeito há três anos, quando um novo grupo assumiu o caso.

“Encontramos uma pessoa que não se enquadrava no restante da fotografia do crime. Suas informações não correspondiam com as do restante das testemunhas”, relatou o agente.

Petersson completou, dizendo que as roupas que “o homem da Skandia” utilizava na noite do crime coincidem com as descritas por várias pessoas que viram o assassino de Palme deixar a cena.

Nenhuma das testemunhas, por outro lado, conseguiu colocar Engström no local do homicídio, logo depois que aconteceu.

O apontado como autor pertencia a um clube de tiro e circulou em círculos próximos ao do primeiro-ministro, o que reforça a tese da promotoria, que, como admitiu o próprio Petersson, não tem provas materiais para fazer a acusação.

Reportagem foi fundamental

Por muitos anos, Engström sequer foi apontado como suspeito pelo assassinato, o que mudou com uma pista encontrada pelo jornalista Thomas Petterson, que escreveu uma reportagem e depois um livro sobre o caso.

Ao longo de muitos anos, diferentes teorias foram estabelecidas sobre a morte de Palme, como a responsabilidade do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), do serviço secreto da África do Sul e até uma conspiração da extrema-direita.

O único condenado no caso foi Christer Pettersson, já morto, que foi condenado a prisão perpétua em julho de 1989. Meses depois, em novo julgamento, o homem foi absolvido por falta de provas e colocado em liberdade.

 

 

Diário da Paraíba com R7