Tovar e Bruno, qual escolhido por Romero defenderá o legado da ‘Famintos’ e o nepotismo da atual gestão na PMCG

A imprensa volta e meia especula qual nome o prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) deve escolher para representar seu legado de quase oito anos a frente da PMCG, entre os pré-indicados estão o seu ex-secretário de Planejamento e deputado estadual Tovar Correia (PSDB) e o seu ex-Chefe de Gabinete Bruno Cunha Lima (PSD), porém nenhum dos dois parece querer cobrar da atual gestão explicações sobre o escândalo da ‘Operação Famintos’  que investiga desvios milionários nas licitações para a compra da merenda escolar por uma ‘Orcrim’ na atual gestão, e nem cobram o fim da prática de nepotismo instalada na administração que indicou diversos de seus parentes.

Tanto Tovar e Bruno mantém inúmeros parentes indicados sem concurso na atual gestão municipal de Campina Grande, apesar dos oito alertas do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) emitidos, recentemente, ao prefeito Romero Rodrigues e seu vice-prefeito Enivaldo Ribeiro, por gastos com pessoal acima do limite, bem como ações que tramitam no poder judiciário e pesam sobre ele por nepotismo e corrupção, mesmo assim o gestor campinense vem, dando continuidade a sua política de contratação de pessoas sem concurso para seus pares, realidade está verificada na contratação sem concurso das irmãs de Tovar Correia Lima (Lorena Alves Correia Lima que ganha R$ 3.942,24 na Secretária de Desenvolvimento e Mayara Alves Correia Lima que ganha R$ 1.200,00 do Fundo Municipal de Saúde), além do seu cunhado Pedro Henrique Catão lotado no gabinete do prefeito com um salário de R$ 3.295,00.

Pedro é filho do conselheiro do TCE-PB Fernando Catão. Vale ressaltar que recentemente Romero recebeu mais um alerta do TCE-PB, por estar gastando acima de 54% da Receita Corrente Líquida (RCL) com pessoal, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Bruno Cunha Lima também tem inúmeros parentes nos mais diversos graus na atual gestão de Romero como: Alessandra Correia Cunha Lima, contratada no Fundo Municipal de Assistência Social de Campina Grande, por excepcional interesse público, com vencimentos de janeiro desse ano a maio de R$ 6.500,00; Germana Cunha Lima Ramos (prima de Cássio), que acumula vencimentos de efetiva no Fundo Municipal de Saúde, com outro contrato de cargo comissionado também no Fundo Municipal de Saúde, com vencimentos de janeiro a maio deste ano que se somam R$ 33.127,41; Ricardo Cunha Lima Ramos lotado na secretária de Administração com cargo de excepcional interesse público com vencimentos de janeiro a maio deste ano que se somam R$5.219,00; O atual presidente do IPSEM Antônio Hermano De Oliveira, com vencimentos de janeiro a maio deste ano que se somam R$ 61.741,06.

Ele é casado com a irmã de Romero; Lotada no Fundo Municipal de Saúde de Campina Grande e com vencimentos de janeiro a maio deste ano que se somam R$ 39.150,00, a cunhada do prefeito Romero Rodrigues (PSD), a jovem Carine Moura, irmã da Primeira Dama, Micheline Rodrigues. As tabelas dos referidos cargos e valores seguem em anexo como podem ser vistas no site do Sagres PB: https://sagresonline.tce.pb.gov.br/#/municipal/pessoal/servidores

Nepotismo na PMCG – Recentemente foi apresentada ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), uma denúncia de nepotismo, na gestão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues. Segundo a denúncia, o gestor teria empregado parentes na sua administração, o que fere a legislação vigente.

Famintos – As investigações foram iniciadas a partir de representação junto ao MPF, relatando a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB) mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. Dois secretários municipais (Administração e Educação) foram afastados pela Justiça, sendo que a ex-secretária de Educação Iolanda Barbosa que também ex-cunhada do prefeito Romero, foi presa temporariamente.

A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.

Famintos 2

A Segunda fase da Operação Famintos teve como foco contratos firmados diretamente entre empresas – que seriam de fachada – e as escolas municipais. São investigados crimes como fraude em licitações, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar. Oito pessoas foram presas. Até agora 16 pessoas já foram denunciadas pelo MPF à Justiça, por envolvimento no suposto ‘esquema’.

Famintos 3

Foi deflagrada no mês de setembro deste ano a terceira fase da ‘Operação Famintos’, em Campina Grande, pela Polícia Federal, que investiga fraudes nas verbas da merenda. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporários e três de busca e apreensão.

O objetivo da terceira fase foi dar continuidade às investigações para combater fraudes em licitações, superfaturamento de contratos administrativos, corrupção e organização criminosa. A operação contou com a participação de 20 policiais federais. As ordem foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Campina Grande.

Veja detalhes: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2019/09/26/pf-cumpre-mandados-de-prisao-e-busca-e-apreensao-em-3a-fase-da-operacao-famintos-na-paraiba.ghtml

Cartório dos Cunha Limas – Recentemente uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) com objetivo de investigar o suposto nepotismo e irregularidades dentro dos cartórios do Estado. A ‘CPI da Máfia dos Cartórios’ teve seu processo de início ontem (12.11) com a coleta necessária de 12 assinaturas e tal processo pode por fim ao monopólio do tradicional Cartório Ivandro Cunha Lima, único cartório especializado em títulos de Registro de Imóveis de Campina Grande e região.

Monopólio dos Cunha Limas em Campina – Em anos anteriores a proposta da ‘CPI da Máfia dos Cartórios’, não logrou êxito, em parte devido ao não apoio do ex-deputado estadual e atual Chefe de Gabinete da gestão Romero Rodrigues e Enivaldo Ribeiro, Bruno Cunha Lima, que é neto de Ivandro Cunha Lima, titular do Cartório Ivandro Cunha Lima, único cartório especializado em títulos de Registro de Imóveis de Campina Grande e região, localizado na Rua Vidal de Negreiros, 70 – Edifício Nenzinha Cunha Lima, no Centro da cidade, e que além de Ivandro Moura Cunha Lima como titular, tem como substituto, Ivana Borborema Cunha Lima e Marta Cunha Lima de Oliveira.