‘Vamos sair de cabeça erguida’, diz Péricles sobre pandemia

Péricles, assim como diversos artistas, vem desempenhando um grande papel durante a quarentena, devido à covid-19. Fazendo shows à distância, o cantor está levando entretenimento e arrecadando recursos para quem precisa na pandemia.

Nesta quinta-feira (7), às 20h, Péricles realiza mais uma live em seu canal oficial no YouTube. O show tem parceria com as ONGs CUFA (Central Única das Favelas) e AHPAS (Associação Helena Piccardi de Andrade Silva).

Em entrevista para o R7, o cantor elogiou seus parceiros de profissão que estão contribuindo em um momento tão difícil.

“A classe artística, mais uma vez, vem dando um passo à frente de como se deve fazer e mostrar sua cidadania. Seria muito vazio da nossa parte fazer uma live por fazer, sem ajudar ninguém. Entretemos e ajudamos quem precisa.”

Péricles também disse que está fazendo o possível para auxiliar quem trabalha ao seu lado, sempre respeitando as normas da Organização Mundial da Saúde.

“Como estamos sem shows, precisamos buscar alternativas. Espero que cada artista consiga manter sua equipe, pois é o que estou procurando fazer por aqui. E essa pandemia vai nos ensinar muitas coisas, principalmente, como sair de uma crise de cabeça erguida.”

Confira o bate-papo completo do R7 com Pericão:

R7 – O que você está achando da interação com os fãs nas lives?
Péricles – 
O que nós fizemos até agora nas lives foi nos aproximar do nosso público. Acredito também que o repertório que escolhemos é algo que as pessoas pedem e gostam de ouvir. Essa identidade trouxe todo mundo para muito mais perto.

R7 – O formato live deve continuar após a pandemia?
Péricles – Nós não sabemos, ao certo, qual e como será o futuro do showbusiness e se essa modalidade, “live show”, será usada depois. Eu sei que hoje é uma grande alternativa e eu, particularmente, gostei muito do formato. Além disso, as pessoas que nos assistem também estão curtindo.

R7 – Como a classe artística vai se recuperar depois da quarentena?
Péricles – Os artistas vêm desempenhando um papel importantíssimo com as “live shows”, mostrando que através dessa modalidade a gente pode, além de entreter, ajudar muita gente que precisa. Esse formato tem sido muito bem aplicado e as pessoas têm se adaptado muito. A classe artística, mais uma vez, vem dando um passo à frente de como se deve fazer e mostrar sua cidadania.

R7 – Como você tem ajudado sua equipe?
Péricles – A live, por exemplo, é uma maneira não só de ajudar quem precisa, mas toda nossa equipe, que depende muito dos shows. Como estamos sem espetáculos, precisamos buscar alternativas. Espero que cada artista consiga manter sua equipe, pois é o que estou procurando fazer. E essa pandemia, assim que passar, vai nos ensinar muitas coisas, principalmente, como sair de uma crise de cabeça erguida.

R7 – E você tem feito parcerias com ONGs…
Péricles – Essa será a minha segunda parceria com a CUFA. Temos pessoas importantíssimas nas comunidades e nas favelas que precisam apenas de atenção, por isso, pensamos em nos unir a eles. E, nessa live (quinta-feira, dia 7 às 20h), a AHPAS também estará com a gente. Há 20 anos, eles realizam um trabalho muito lindo que é fazer o transporte de crianças com câncer, que moram nas periferias de São Paulo e necessitam de mobilidade urbana para realizar seus tratamentos. Seria muito vazio da nossa parte fazer uma live por fazer, sem ajudar ninguém.

R7 – Sua próxima live terá um clima anos 90?
Péricles – A live tem o nome de Pagode do Pericão, porque nós já temos esse projeto. Ele é baseado não só no meu repertório, mas nas canções de muita gente bacana. Procuramos trazer para a nossa roda de samba releituras bem legais de sucessos, não só nos anos 90, mas deste período até os dias de hoje.

R7 – Qual é a mensagem para os fãs que estão em quarentena?
Péricles – Estamos passando por um momento muito difícil e sem precedentes. Acredito que vamos tirar uma lição muito importante de tudo o que estamos vivendo nos últimos dias, mas esta é a hora de ficarmos em casa. Resguardem-se, usem muita água e sabão e, se puder ter, álcool em gel. Pare e faça uma oração para aqueles que estão na linha de frente lutando por nós e faça também uma reflexão para sairmos desse problema renovados. E o mais importante: não deixem de demonstrar amor pelos seus e por aqueles que mais precisam. Nós vamos sair dessa!

Diário da Paraíba com R7